Emmanuel Macron (foto) venceu o segundo turno eleição presidencial francesa com 58,5% dos votos, contra 41,5% de Marine Le Pen, numa primeira estimativa, para alívio da Europa e dos Estados Unidos. A sua vitória é uma garantia de que a França continuará a ser um pilar da União Europeia, juntamente com a Alemanha, e de que o país não sairá da Otan, a aliança militar do Ocidente, da qual é um dos principais integrantes, com a sua força de dissuasão nuclear e um exército poderoso. Assim, a derrota de Marine Le Pen, que prometia rever acordos com o bloco europeu e retirar a França da Otan, é, por extensão, uma derrota do tirano russo Vladimir Putin — que, em 2017, financiou indiretamente a candidata da extrema-direita, na sua estratégia de causar desordens internas nas democracias ocidentais, a fim de pavimentar o seu sonho imperialista de recuperar territórios e esferas de influência da antiga União Soviética, como ilustra a invasão da Ucrânia.

AssineAcesse
Faça sua pesquisa
- Categorias
- Atualidades
- Institucional
- Origem
- Expediente
- Newsletter
- Atendimento
- Comercial
- Contato com a redaçãocontato@oantagonista.comRedação SPIguatemi Offices Building
Rua Iguatemi, 192, conjunto 183
Itaim Bibi – São Paulo, SP
CEP: 01451-010Redação BrasíliaEdíficio Parque Cidade Corporate
Quadra 9, Bloco A, Torre C – conjunto 604
Setor Comercial Sul – Brasília, DF
CEP: 70308-200
Macron vence Marine Le Pen e é reeleito presidente da França
24.04.22 15:01Agora, ele terá de evitar que a rival de extrema-direita ou Jean-Luc Mélenchon, de extrema-esquerda, conquistem o cargo de primeiro-ministro

Reprodução/LeHuffPostReceba nossa NewsletterPreencha o campo abaixo com seu melhor e-mail
Ao clicar em “OK”, você concorda com nossos Termos de Uso e Política de Privacidade.
Emmanuel Macron (foto) venceu o segundo turno eleição presidencial francesa com 58,5% dos votos, contra 41,5% de Marine Le Pen, numa primeira estimativa, para alívio da Europa e dos Estados Unidos. A sua vitória é uma garantia de que a França continuará a ser um pilar da União Europeia, juntamente com a Alemanha, e de que o país não sairá da Otan, a aliança militar do Ocidente, da qual é um dos principais integrantes, com a sua força de dissuasão nuclear e um exército poderoso. Assim, a derrota de Marine Le Pen, que prometia rever acordos com o bloco europeu e retirar a França da Otan, é, por extensão, uma derrota do tirano russo Vladimir Putin — que, em 2017, financiou indiretamente a candidata da extrema-direita, na sua estratégia de causar desordens internas nas democracias ocidentais, a fim de pavimentar o seu sonho imperialista de recuperar territórios e esferas de influência da antiga União Soviética, como ilustra a invasão da Ucrânia.
Emmanuel Macron conseguiu a façanha de ser o primeiro presidente da França reeleito desde 2002, quando o mandato passou de sete para cinco anos. Ao contrário do que ocorreu em 2017, no entanto, quando venceu Marine Le Pen no segundo turno pelo dobro de votos, ele agora só ficou a 17 pontos da adversária, uma distância confortável, mas bem menor. A extrema-direita nunca foi tão longe na França. Há um motivo para isso e ele é pouco ideológico: a percepção de boa parte dos franceses é que, sob Emmanuel Macron, a população perdeu poder de compra, o principal assunto da campanha eleitoral, e que ele foi, no seu primeiro mandato, um presidente que favoreceu os ricos, em detrimento de um dos valores mais caros à república que começou a ser construída no final do século XVIII: o da igualdade. Não vou entrar na discussão do mérito, porque política é percepção construída em determinado contexto cultural, e tal foi ela nessa campanha. Muita gente não votou exatamente a favor de Marine Le Pen, mas contra o seu rival.
A próxima batalha de Emmanuel Macron será se mostrar menos “jupiteriano” e mais aberto ao diálogo. Ele já prometeu que não promoverá reformas, como a das aposentadorias, sem buscar consensos, inclusive na forma de referendos. É um passo para tentar vencer as eleições legislativas de junho e, assim, evitar uma coabitação seja com o Rassemblement National, de Marine Le Pen, como com o La France Insoumise, de Jean-Luc Mélenchon. A guerra na França, portanto, não acabou.
FONTE o ANTAGONISTA