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sexta-feira, novembro 15, 2024

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Lula e Bolsonaro agem para reverter pontos fracos na pré-campanha

Com pouco mais de três meses ainda pela frente até o primeiro turno da eleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) intensificaram uma ofensiva para tentar atenuar pontos fracos identificados pelos próprios estrategistas de campanha. No caso do titular do Palácio do Planalto, um dos principais objetivos é reduzir os índices de rejeição no Nordeste, região por onde ele iniciará um novo tour a partir de quinta-feira. O petista, por sua vez, estreou ontem no TikTok, rede social de vídeos curtos na qual seu oponente já tem 1,7 milhão de seguidores. O desempenho e a estratégia para usar as redes sociais, especialmente na comparação com o que Bolsonaro conseguiu fazer em 2018, são tidos como ponto de atenção na campanha petista.

Atrás de Lula nas pesquisas de intenção de voto — distância que é ainda maior no Nordeste —, Bolsonaro chegará em Caruaru (PE) daqui a dois dias para participar das festas de São João. Na sexta-feira, as festividades vão ocorrer em Campina Grande e João Pessoa. Na semana que vem, o destino é Maceió.

A expectativa é que Bolsonaro mostre na viagem uma versão mais leve do que exibe em Brasília e tente uma aproximação com os eleitores. Ao comparecer ao lado do ex-ministro do Turismo e pré-candidato ao Senado por Pernambuco, Gilson Machado, o presidente vai reforçar que, em dezembro do ano passado, reconheceu oficialmente o forró como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.

Além disso, as imagens de Bolsonaro cercado de apoiadores buscam reforçar o discurso que ataca a confiabilidade das pesquisas que apontam sua derrota. As visitas ao Nordeste também são fundamentais para ele mirar em dois grupos de eleitores nos quais enfrenta resistência: as mulheres e os beneficiários do Auxílio Brasil, que substituiu o Bolsa Família, criado no governo Lula.

Segundo o Datafolha, o ex-presidente chega a 59% entre os inscritos no programa, contra 20% do chefe do Executivo. No grupo feminino, há 57% de rejeição a Bolsonaro, índice superior ao verificado entre os homens — no recorte por renda, as taxas são de 60% para a classe mais baixa e de 56% para os dois estratos mais altos. A busca pelas mulheres do Nordeste já foi colocada em prática na semana passada, em Natal. Ao participar da entrega de título fundiários, ele destacou a importância delas nas famílias.

IG NOTICIAS

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