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domingo, janeiro 5, 2025

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Preço da gasolina em Rondonópolis passa de R$ 5 e deve subir mais após a eleição

Quem pensava que o preço dos combustíveis só voltaria a subir depois das eleições se enganou. Em Rondonópolis a gasolina, combustível mais usado na zona urbana, já é vendida com valores acima de cinco reais o litro. O álcool e o óleo diesel também são comercializados a preços maiores e, nos bastidores, a informação é de que os aumentos devem se intensificar nas próximas semanas.

A reportagem visitou três postos localizados na Vila Aurora e na região central de Rondonópolis. Em todos eles (veja foto nesta página) o preço da gasolina comum varia de R$ 5,12 a R$ 519. Se for aditivada o custo por litro vai de R$ 5,30 a R$ 5,32.

O detalhe é que, ao menos por enquanto, estes postos oferecem ‘promoções’ com descontos para quem pagar em dinheiro ou à vista (pix ou débito do cartão de crédito). Nestes casos o preço continua em R$ 4,99 – praticado na maioria dos postos e já resultado de um aumento no início do mês.

Os aumentos interrompem um período de queda desde os recordes de alta registrados no primeiro semestre deste ano. A última alteração de preço da gasolina por parte da Petrobras foi no dia 2 de setembro, quando o valor caiu. Já no caso do diesel, a última alteração, também para baixo, foi em 20 de setembro.

Fontes ouvidas pela nossa reportagem afirmam que, mesmo com o reajuste atual, os donos de postos continuam operando com prejuízo. Eles estão contendo aumentos maiores para não prejudicar a campanha pela reeleição do atual presidente, mas admitem que devem ajustar os custos após as eleições.

“A redução dos impostos estaduais e federais teve um impacto positivo num primeiro momento, principalmente nos valores praticados ela Petrobrás – que continuam baixos. O problema é que a inflação nos outros setores segue em alta. Os gastos com pedágio e energia, por exemplo, aumentaram muito”, disse um empresário que pediu para não ser identificado.

“Por enquanto estamos segurando, mas será inevitável repassar os custos ao consumidor final”, completou.

EXPLOSÃO

Os aumentos nos preços dos combustíveis após a eleição presidencial não ficarão restritos ao repasse dos custos dos revendedores. Os principais analistas avaliam que a própria Petrobrás deverá fazer reajustes de grande impacto à partir de novembro.

A explicação é que a redução de impostos feita pelos governos federal e estadual não resolve o problema criado com a Política de Paridade de Preço de Importação (PPI) adotado pela Petrobrás. Isso exige que a empresa reproduza os aumentos do dólar e do petróleo no mercado internacional, mesmo que seus custos em reais estejam menores.

“Como o governo Bolsonaro não mudou a política do PPI – e só baixou e segurou preços por motivos eleitoreiros –, é de se esperar que a Petrobras aumente os preços dos derivados nas refinarias, após as eleições”, analisa o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacela

Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) hoje o preço da gasolina vendida pela Petrobras no Brasil está 5% abaixo dos valores praticados no mercado internacional. No caso do diesel a defasagem é ainda maior, de 12%.

O aumento na Petrobrás deve ter efeito cascata, causando uma explosão nos preços dos combustíveis e, por consequência, do gás de cozinha e de todos os produtos que dependem de transporte rodoviário.

Eduardo Ramos – Da Redação Folha Regional

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