A Câmara Municipal deve definir, hoje (12), os sete membros que irão compor a Comissão Especial de Inquérito (CEI) que vai investigar as contas da Santa Casa de Rondonópolis.
A escolha deve ser definida pelo presidente do Legislativo, Paulo Schuh (PL). Após a formação com os membros, a CEI deve iniciar os trabalhos, que terão prazo de 180 dias para serem concluídos.
Com a assinatura de 21 vereadores, e aprovação em plenário por 18 votos, a Câmara criou a CEI na última quinta-feira (6).
Segundo os parlamentares, o objetivo é apurar a origem, valores, causas e consequências da situação financeira da Santa Casa, que acumula uma dívida de R$ 70 milhões.
A CEI deve solicitar à Santa Casa documentos fiscais, contábeis e financeiros como balanços patrimoniais, relatórios financeiros e contratos, além de realizar reuniões e audiências públicas com funcionários, fornecedores e outras partes envolvidas, com vistas a coletar depoimentos.
Ao término dos trabalhos, a Comissão terá que apresentar um relatório conclusivo, no qual devem constar as sugestões de medidas e providências a serem adotadas, com o intuito de promover a transparência, a responsabilização e a melhoria da gestão da instituição.
O vereador Ibrahim Zaher (MDB), que apresentou a CEI na semana passada, destacou que a Câmara Municipal está acompanhando desde o início desta legislatura a situação do hospital que, “a cada dia, tem uma dívida que cresce, e atualmente, enfrenta uma possibilidade de paralisação dos médicos devido aos atrasos nos pagamentos, além de denúncias”.
Para a realização dos trabalhos, a CEI será composta por sete membros, que devem ser escolhidos hoje. A formação compreende o presidente; um relator; dois membros; e, dois suplentes. A composição é definida pelo Regimento Interno da Câmara Municipal.
Santa Casa
Atualmente com uma dívida em torno de R$ 70 milhões conforme os vereadores, a Santa Casa também deve enfrentar uma paralisação nos atendimentos médicos a partir de hoje.
Como mostrou o A TRIBUNA, os médicos já aprovaram um indicativo de greve de 15 dias no dia 24 de fevereiro e devem paralisar os atendimentos a partir desta quarta-feira. A categoria cobra pagamentos de salários em atraso, que em alguns casos já chegam há 8 meses, segundo apontam.
Fonte Danielly Tonin
