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sábado, março 15, 2025

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Agenda climática será prioridade, e agronegócio aliado estratégico do governo, diz Lula na COP27

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou nesta quarta-feira (16) à comunidade internacional durante a COP27, que acontece em Sharm El-Sheikh, no Egito. Ele garantiu que, em seu governo, a agenda climática será prioridade, e o agronegócio será um “aliado estratégico”.

Lula defendeu a geração de riqueza sem alteração do clima e a exploração responsável da biodiversidade da Amazônia.

“Vamos provar que é possível promover crescimento econômico e inclusão social tendo a natureza como aliada estratégica e não mais como inimiga a ser abatida a golpes de tratores ou motosserras”, disse.

O presidente eleito afirmou que a “produção agrícola sem equilíbrio ambiental deve ser considerada uma ação do passado”.

“A meta que vamos perseguir é a da produção com equilíbrio, sequestrando carbono, protegendo a nossa imensa biodiversidade, buscando a regeneração do solo em todos os nossos biomas, e o aumento de renda para os agricultores e pecuaristas”, disse o presidente eleito.

“Estou certo de que o agronegócio brasileiro será um aliado estratégico do nosso governo na busca por uma agricultura regenerativa e sustentável, com investimento em ciência, tecnologia e educação no campo, valorizando os conhecimentos dos povos originários e comunidades locais”, acrescentou.

Combate a crimes ambientais

Lula afirmou que “não há segurança climática para o mundo sem uma Amazônia protegida” e prometeu retomar e reforçar ações de combate aos crimes ambientais.

“Os crimes ambientais, que cresceram de forma assustadora durante o governo que está chegando ao fim, serão agora combatidos sem trégua. Vamos recriar e fortalecer todas as organizações de fiscalização e o sistema de monitoramento que foram desmontados nos últimos quatro anos. Vamos punir com todo o rigor o responsável por qualquer atividade ilegal, seja garimpo, seja mineração, extração de madeira ou ocupação agropecuária indevida”, disse.

Sem revelar o nome do futuro ministro do Meio Ambiente, o presidente eleito destacou que “o combate à mudança climática terá o mais alto perfil na estrutura do próximo governo”.

Brasil no cenário internacional no combate às mudanças climáticas

Lula disse que o Brasil está de “volta para reatar laços com o mundo e ajudar novamente à combater a fome no mundo”. O presidente eleito afirmou em seu discurso que o país irá cooperar com os países mais pobres, sobretudo da África, e com os países da América do Sul, para “lutar por um comércio justo entre as nações e pela paz entre os povos”.

Ele defendeu ainda uma ordem mundial “pacífica” e acertada com base no “diálogo, multilateralismo e multipolaridade”.

“Voltamos para propor uma nova governança global. O mundo de hoje não é o mesmo de 1945. É preciso incluir mais países no conselho de segurança da ONU e acabar com o privilégio do veto, hoje, restrito a alguns poucos, para a afetiva promoção do equilíbrio e da paz”, defendeu

COP30 no Brasil e reunião de países da Amazônia

Durante o discurso, Lula ofereceu o Brasil como sede da COP30, que acontecerá em 2025.

Ele ainda propôs a realização da Cúpula dos Países Membros do Tratado de Cooperação Amazônica.

O objetivo, segundo o presidente eleito, é que “Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela possam, pela primeira vez, discutir de forma soberana a promoção do desenvolvimento integrado da região, com inclusão social e responsabilidade climática”.

(CNN)

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